2010/12/09

E agora' Quem responde por tudo isto?

O núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo não compreende o papel da autarquia mirandense no que respeita a todo o processo do tram-train.
Não compreendemos as declarações que vão sendo proferidas em relação ao atraso, suspensão ou mesmo extinção das obras. A Presidente de Câmara, Fátima Ramos, vem agora muito indignada pedir que o governo seja metido em tribunal, tendo-se esquecido que, aquando do arranque dos carris em Serpins, toda sorridente nada declarou contra! Nada fez para impedir que o processo avançasse ao contrário de outras autarquias que fizeram parar o sistema quando viram os seus interesses em causa. Enquanto autarquia deveria ter defendido os seus munícipes, enquanto autarca deveria ter pensado duas vezes antes de arrasar um serviço com 100 anos de existência. Esqueceu-se que a sua primeira função é defender aqueles que a elegeram. Também não se compreende que o maior partido da oposição que desde sempre defendeu o projecto venha agora pedir de forma submissa que o mesmo não seja parado.
As pessoas sentem-se enganadas, compraram habitação no concelho, procuraram melhorar a sua qualidade de vida e vêm as suas expectativas goradas. Contra os alertas que o BE veio a transmitir, chamando a atenção para a megalomania do projecto, para os elevados montantes que estavam em jogo, sociais-democratas e socialistas irresponsavelmente ignoraram os avisos e não acautelaram a continuidade da linha ferroviária que apenas necessitava de electrificação e de novo material circulante. Quem responde agora ao empobrecimento da região, à amputação de uma via de comunicação essencial a um projecto de mobilidade racional e sustentável? Vem o chefe de gabinete da autarquia, no editorial do jornal Mirante, do mês de Novembro, chamar o BE de irresponsável porque se recusa a participar de forma activa na construção do país. Perguntamos: Que forças políticas aprovaram um orçamento de recessão, que em vez de criar emprego e riqueza, diminui o investimento e a capacidade de consumo das famílias? Quem aprovou um orçamento de excepções, onde apenas os mais fracos contribuem para o esforço de consolidação orçamental? Que forças políticas derrotaram neste orçamento a proposta do BE que previa a inclusão de 25 milhões de euros para a Refer para que o projecto da Metro Mondego não parasse? Podemos chamar responsabilidade ao voto contra do PS e à abstenção do PSD sobre esta matéria tão importante para o distrito de Coimbra? A verdadeira esquerda é acusada de só criticar e nada fazer e a direita o que faz? Estraga aquilo que outras gerações construíram com a conivência de um PS rendido ao seguidismo socratiano.
O núcleo do BE não quer, nem vai entrar em aproveitamentos políticos quando de repente todos acordaram para defender o Ramal da Lousã. Desde o início que defendemos esta linha, alertando para o despesismo exagerado, aliado a interesses ocultos. Agora a autarquia e pseudo- movimentos cívicos reagem? Onde estiveram quando alertávamos para a situação? Onde estiveram quando movimentos como o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã lutaram para que não se extinguisse este serviço? Agora com tudo destruído querem juntar forças? O BE desde o início que se juntou a quem realmente defendia os interesses dos Mirandenses. A autarquia fez joguete, brincaram connosco enquanto estavam sentados na Metro Mondego e se diziam defensores dos interesses do município. Isso é que é responsabilidade?
Tem que haver consequências políticas para aqueles que pactuaram com a amputação do concelho e agora vêm reagir muito admirados como se não estivessem à espera desta prenda no sapato. Acaso os interesses partidários foram mais importantes? E agora? Quem responde por tudo isto?

Miranda do Corvo, 6 de Dezembro de 2010

2010/07/09

Câmara anda ao sabor das águas e perde boleia do metro!

Câmara Municipal anda ao sabor das águas e perde boleia do metro!

Tal como o Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo previu e tem vindo a alertar, em Miranda do Corvo os mirandenses tiveram um kit surpresa em relação à má gestão que tem vindo a ser feita por este executivo.
Primeiro foi a facturação da água: uma tarifa fixa, saneamento fixo, resíduos sólidos fixos e como se isso ainda fosse pouco, saneamento variável e resíduos sólidos variáveis. Como se não chegasse, tivemos ainda direito à indignação por parte da edilidade em relação a prováveis cortes no projecto Metro Mondego! É o Natal de uma só vez! E claro as prendinhas no sapato ficaram para quem?
Isto só demonstra que a Câmara Municipal não pensa! Estando já no seu terceiro mandato, a questão da água tem ido de mal a pior e só demonstrou uma total falta de sensibilidade para com aqueles que integram o município.
A água continua a não ter qualidade, já não se consegue contar as vezes que são emitidos comunicados por parte da edilidade cada vez que os mirandenses se deparam com a cor barrenta e o cheiro a azeite. Os cortes de água são constantes em nome da prometida qualidade e só os mirandenses sabem o que foi viver com a vila toda esburacada! Buracos esses que persistem com as obras para o projecto da Metro Mondego! O Núcleo do BE de Miranda do Corvo bem defendeu a electrificação da linha, com novo material circulante. Os custos eram muito menores e não se corria o risco de perder boleia do metro!
Milagre dos milagres é que só agora o partido socialista, que também integra o actual executivo, aparece muito indignado com a facturação que é feita à água! Provavelmente estavam distraídos quando esta ideia peregrina foi lançada! Em relação ao projecto do Metro Mondego vão reagindo calmamente, pois não querem ferir susceptibilidades!
Não há lei nem jurista que aceite o que está a ser feito neste concelho. Os mirandenses lá vão tentando reagir com abaixo-assinados anónimos. Os comerciantes não sabem o que fazer, pois como sempre são os mais prejudicados. Apela-se ao protesto mas poucos o fazem.
Está na hora de dizer chega a quem esqueceu que a crise não passa só na televisão! Os mirandenses merecem respeito e não podem nem devem ser um joguete de forças partidárias que andam ao sabor das águas!

O Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo, 25 de Junho de 2010

2010/04/15

Respeitemos a educação na Região Centro!

O núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo está completamente solidário com os Encarregados de Educação da Escola EB1 de Espinho, em Miranda do Corvo. Aliás, não se consegue compreender a falta de respeito e de consideração para com estes alunos e pais, cujas reivindicações ficaram sem resposta. Para que serve a DREC? Não é para apoiar e defender uma educação melhor na região centro?

Como compreender a falta de apoio a estes Encarregados de Educação que tiveram que recorrer ao encerramento da escola, só e tão somente, para defenderem os direitos dos seus filhos a uma educação digna e responsável. Quem salvaguarda e se responsabiliza pelos danos morais causados nestas crianças? Quem se responsabiliza pela falta de preparação destes alunos no próximo ano lectivo? Trata-se de um quarto ano do ensino básico, logo há provas de aferição, no final do ano lectivo. Será que a escola EB1 de Espinho não conta para o ranking dos resultados a nível nacional?

E as crianças? Que valores lhes estão a ser transmitidos vendo que os esforços por parte dos pais são inconclusivos e que afinal quem manda são os chefes de gabinete, os quais ignoram por completo os laços afectivos, sociais e pedagógicos criados ao longo da maior parte de um ano lectivo?

A Educação na região centro merece respeito! O Núcleo do BE de Miranda do Corvo exige maior rigor e competência por parte daqueles que deveriam estar a desenvolver e a promover a mesma. Não pactuamos com silêncios que são o rosto da falta de interesse, do comodismo. Os alunos da Região Centro não são só números numa tabela a nível nacional!