2005/12/21

VILA NOVA



gerador eólico de vila nova
foto de rafael vieira

ALDEIA DO CORVO



vistas da aldeia do corvo - rossio do corvo
fotos por rafael vieira

ALDEIA DO GONDRAMAZ



vistas da aldeia do gondramaz, nas faldas da Serra da Lousã.
foto acima de escultura de Carlos do Gondramaz
fotos por rafael vieira

NATAL VS SOLIDARIEDADE = MIRAGEM

Natal.

Eis uma palavra que deveria rimar com partilha, solidariedade, humildade e tudo isto com uma grande dose de amor, alegria e saúde.

Infelizmente, o Natal transformou-se num mensageiro comercial e fez cada um de nós seu escravo. Porque é isso que somos: escravos consumistas. Os grandes grupos económicos comandam a nossa vontade e orientam a nossa vida. Quem desejar um ecrã de plasma e não tiver dinheiro, basta ir à banca; ou quem quiser comprar um carro, a banca está lá para transformar o sonho em realidade.

Gastam-se pipas de massa em roupas mas pede-se crédito para o aparelho dentário do filho. Não há dinheiro para uma alimentação equilibrada mas há dinheiro para o telemóvel porque, segundo a publicidade, este é indispensável para a nossa sobrevivência. Não há dinheiro para comprar livros aos filhos mas há dinheiro para ir ver o jogo de futebol.

Passando para um plano mais alargado (consequentemente mais revoltante), não há dinheiro para construir hospitais pediátricos, não há dinheiro para dar gratuitamente livros aos nossos alunos (como acontece nos outros países da Europa). Mas há dinheiro, isso sim, para campos de futebol, para pagar ordenados exorbitantes a juízes, médicos, directores gerais e jogadores de futebol (porque esses também são pagos com o dinheiro dos contribuintes, não esqueçamos!).

Qual é a relação de tudo isto com o Natal? Uma balança com pratos desiguais. O Estado e as autarquias gastam demasiado dinheiro em obras que muitas vezes só servem para deixar o nome de quem mandou fazê-las. Estas entidades desprezam o aspecto social e as verdadeiras necessidades do seu eleitorado.

O consumismo rima com egoísmo e indiferença, e estes sentimentos muitas vezes passam de geração em geração. Os pais acham que têm direito a concretizar os seus desejos. Os filhos também defendem a mesma posição. Vai daí que os nossos rebentos, que por sinal são bastante perspicazes, quando não conseguem alcançar os seus objectivos, fazem simplesmente chantagem. Os pais, por preguiça, desinteresse ou desinformação cedem aos caprichos dos filhos. Dar tudo a um filho não é educação e não é certamente amor, mas é fazer dele um ser pequeno, egoísta e desinteressado de tudo e de todos os que o rodeiam.

Substituir o amor por bens materiais é típico de uma sociedade consumista que perdeu os valores que devem reger uma sociedade justa, aberta, solidária e consequentemente democrática. A democracia não significa somente direitos mas também deveres. E um dos deveres da democracia é tornar a sociedade mais justa. É evitar que uns tenham tudo e outros nada tenham. E isto ensina-se. Ensina-se que a liberdade não deve servir de desculpa para o nosso egoísmo e indiferença. Virar a cara porque não conseguimos ver as imagens da fome ou da sida em África, pensar que nada pode mudar o rumo das coisas, achar que uma voz ou uma cruz num boletim de voto não faz qualquer diferença não é sinal de oposição, mas sim de conformismo.

Sinceramente, era tempo que este planeta, porque não é certamente um mal só nacional, mude de rumo. O nosso tempo já lá vai, o problema são aqueles que cá ficam e que certamente não têm culpa da nossa estupidez.

Por achar que as palavras por vezes não bastam. Porque dar o exemplo não custa nada e é a melhor maneira de avançar, o Bloco de Esquerda vai realizar uma feira solidária de venda de brinquedos educativos, livros, cds , cuja receita irá reverter a favor de uma instituição do concelho de Miranda do Corvo. Esta feira irá ser realizada pela primeira vez em Dezembro, mas o Bloco pretende continuar com esta iniciativa ao longo do próximo ano, eventualmente mensalmente. Queremos que a miragem se transforme em realidade. Solidariedade? Sempre.

Miranda do Corvo, 17 de Dezembro de 2005
Texto revisto, Dezembro de 2005

2005/11/09

Acessibilidades


Como nota introdutória pretendemos condenar a leva de obras viárias que nestes últimos meses encurralaram e esventraram Miranda, num cerco apertado de máquinas e operários, de contrariedades e desconforto, isolando aldeias, sitiando a vila, impondo percursos e atalhos anormalmente extensos aos mirandenses e visitantes. A horda de trabalhadores ocupou Miranda em todos os seus acessos, desconsiderando os seus habitantes, numa manobra de absurda e denunciativa “caça ao voto”. De que outro modo se poderiam classificar estas obras, realizadas imediatamente antes e sobre as eleições autárquicas, obras estas que nunca teriam a visibilidade necessária se feitas noutra altura ou em menor escala, em épocas susceptíveis de menor congestionamento e/ou faseadas por ruas? Populismo gratuito e desonestidade intelectual é como as classificamos!


Miranda do Corvo continua longe, muito longe de Coimbra.

Miranda necessita de ligações viárias de qualidade, para não viver à sombra do transporte ferroviário que a marca como dormitório de Coimbra, precisa de soluções viárias capazes para vencer o isolamento a que a votaram a passividade dos anteriores executivos. A ausência de ligações rodoviárias eficazes estrangula o desenvolvimento da vila, impede que mais indústria se fixe, leva outras a ponderar a sua saída (levando consigo os tão necessários empregos), afasta eventuais visitantes e empurra potenciais moradores para outras paragens que não têm esta problemática de acessibilidades. Miranda conta sobretudo com uma inacessibilidade envergonhada e vergonhosa.

A ferrovia é uma mais valia para o concelho mirandense mas circula não sem inúmeros problemas (como sejam a interminável questão do Metro Mondego - que rejeitamos veementemente em favor de uma mais realista electrificação da linha da Lousã, as composições envelhecidas e seus decrépitos apeadeiros e estações e ainda a irregularidade dos horários e insuficiência de carruagens a horas de menor e maior afluência de viajantes, respectivamente). A Cp deve apostar claramente na manutenção e exploração das linhas férreas, devendo pôr de lado o encerramento e a entrega a privados da exploração das mesmas – aliás, não se entende muito bem, como é que noutros países europeus se procede ao alargamento do número de quilómetros de via férrea e em Portugal se procede em nome do lucro (!), ao encerramento de ramais. Por outro lado, pretende ainda o BE pedir um esclarecimento relativamente ao montante dos salários pagos pela Metro Mondego e do dinheiro público desbaratado por esta empresa, já que o projecto não avançou nem um milímetro.

Mas os cidadãos de Miranda não podem depender unicamente do caminho de ferro para chegarem à capital de distrito ou outros destinos e entendemos como fundamental a beneficiação da rede de estradas concelhia e das ligações regionais e inter-concelhias, seriamente degradadas e descuidadas ou deficientemente realizadas.

As responsabilidades serão sempre do executivo camarário mirandense pois constituem o porta-voz eleito das gentes de Miranda e os elementos de pressão natural, junto do Governo e do EP para a rectificação de traçados principais conduzidos por mãos incompetentes (como a EN342 e a EN17).

No caso da segunda estrada, chamada de das Beiras e de importância regional, é vítima de obras sobre obras desde 2001; soma trabalhos de reparação sobre trabalhos de rectificação numa empreitada que estava programada para durar um ano e se prolonga até hoje, já em 2005. É necessária uma posição de força para ver terminada esta obra de “Santa Engrácia” e é absolutamente necessário responsabilizar os culpados de tanta incompetência e desperdício de recursos.

A mesma situação repete-se na EN342, via vital de ligação peri-urbana e à A1, depois de decénio e meio (16anos!!) de constantes obras e adiadas esperanças para a população de Miranda, que continua a depender de vias secundárias e perigosas para sair e aceder às terras mirandenses, seja por via de Lamas, dos Moinhos, de Vale de Colmeias ou Segade. O troço da EN342 é tortuoso e serpenteante e convida a quem nele circule a um qualquer inesperado despiste. O segmento recém inaugurado com destino a Condeixa segue a mesma cartilha de irracional desenho de estradas. Pretendemos uma séria revisão e correcção desta variante a Miranda, por primordial necessidade.

Também as estradas municipais e camarárias precisam de atenção especial, de rectificação de traçados, revestimentos e bermas, convertendo estas em reais e seguros passeios e não apenas em meros escoamentos de águas pluviais em detrimento da circulação segura de peões. Defendemos ainda, a ligação da vila a todos os lugares do concelho, através de autocarros, com horários que sirvam as populações, deixando assim de haver lugares inacessíveis no concelho, contrariando a tendência de desertificação rural.

Estas obras de melhoramento constituem um processo de desenvolvimento fundamental a que o BE vai dedicar especial atenção porque consideramos Miranda com um potencial turístico e de fixação populacional descurado. Vamos colaborar como oposição competente, com contribuições construtivas e ocasionais lembretes.

Queremos que Miranda ocupe um lugar de destaque na GAM de Coimbra e que se posicione como local de atractibilidade turística beirã. Queremos o comboio potenciado como elemento turístico e convertido num veículo moderno, rápido e eficaz de transporte de massas. Queremos que o executivo agora eleito assuma as suas responsabilidades perante a população mirandense e realize todas estas obras necessárias ao seu conforto e progressão.
Núcleo do BE de Miranda do Corvo

2005/10/20

novas

Está online o site da candidatura presidencial de Francisco Louçã. www.franciscopresidente.net
Consultem o site oficial do partido: www.bloco.org, onde já se integra também, no segmento de sites locais, este blog.

2005/10/15

BE

Fiquem com este e esperem oposição organizada e lutadora em MC :
www.bloco.org

Ponto de situação

Sobre os resultados das eleições autárquicas
1. (...) Os resultados fundamentais indicam um desastre eleitoral do PS, o reforço do PSD e do PCP quanto a vitórias em câmaras municipais e uma subida eleitoral muito significativa do Bloco de Esquerda. Os resultados demonstram um importante e justificado descontentamento em relação à políticagovernamental.
2. É de sublinhar as vitórias do populismo em Gondomar, Oeiras e Felgueiras, mas a sua derrota em Amarante.
3. O Bloco manteve a maioria absoluta na Câmara de Salvaterra de Magos e elegeu cerca de 350 representantes nas assembleias municipais e nas freguesias: pelo menos 105 deputados municipais e quase 250 membros das assembleias de freguesia. Os deputados e deputadas municipais representam todo o país, desde as grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, nos distritos com maior concentração populacional como Santarém, Setúbal, Braga, Algarve, Madeira, Aveiro, Coimbra e outros em concelhos do interior como Bragança.
4. A votação do Bloco (...) regista um aumento muito significativo: mais 96.199 votos nas Câmaras Municipais, 135.676 nas assembleias municipais e 89.476 nas assembleias de freguesia. Na maior parte dos casos, este aumento dev otação significa uma triplicação dos votos obtidos em 2001 e a consolidação das percentagens obtidas nas eleições legislativas. Para efeitos de comparação, registe-se que o CDS perde 28.814 votos nas Câmaras e 49.684 nas assembleias municipais (ressalvando os casos em que constitui coligações com o PSD) e a CDU ganha 5.549 votos nas assembleias municipais e perde 90 nas Câmaras em relação a 2001 (excluindo a votação de Lisboa, dado que em 2001 participou numa coligação com o PS e os dados não são portanto totalmente comparáveis).
5. O Bloco consegue uma vitória em Lisboa, com a eleição de Sá Fernandes, e sofre ainda uma derrota no Porto, com a não eleição de Teixeira Lopes. Em ambos os casos, as percentagens obtidas para as assembleias municipais são superiores às obtidas para as recentes eleições legislativas. A eleição de deputados municipais corresponde à expectativa do Bloco, mas a eleição de vereadores fica abaixo dos objectivos do Bloco, estando ainda pendente de recontagem de votos brancos e nulos a definição da eleição em Sesimbra e Almada (onde os vereadores não foram eleitos por muito poucos votos).

Novas

Nestas eleições, o Bloco de Esquerda obteve, a nível nacional, 2,96% de votos. O resultado foi diferente do que foi obtido nas legislativas de Fevereiro/2005. Mas as eleições não se podem comparar. No entanto, o Bloco consolidou e ganhou maior representatividade no território (ver nota de imprensa).
Em Miranda do Corvo, o núcleo do Bloco surgiu há coisa de meio ano. Daí em diante (durante 2 meses e meio) constituíram-se as listas candidatas à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia, apesar de muitas vicissitudes conhecidas e sentidas. Deste modo, o BE participou pela primeira vez nas eleições autárquicas do concelho de Miranda do Corvo. Os resultados eleitorais ficaram abaixo dalgumas perspectivas existentes, mas não podem ser motivo para desespero. A vida continua...O núcleo do BE de Miranda do Corvo fez um trabalho meritório, tanto a nível político, como a nível humano. Passado o rescaldo eleitoral, há um conjunto de responsabilidades acrescidas para na prossecução de todo um trabalho que se avizinha: eleições presidenciais, consolidação do núcleo, etc. As sementes estão e foram lançadas... Há um grande trabalho por fazer! Não podemos encerrar para obras, pois temo-las na frente.
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Notícias do Bloco

O Bloco de Esquerda elegeu 114 deputada(o)s municipais. Elegeu ainda 7 vereadora(e)s - em Lisboa, Moita, Entroncamento e Salvaterra de Magos - e 231 membros de assembleias de freguesia. Não estão fechadas as eleições para as Câmaras (dada a recontagem que foi pedida pelo BE em Almada e Sesimbra, onde estivemos à beira de eleger um vereador).

O Bloco de Esquerda quase triplicou a votação (212 mil em 2005 contra 80 mil em 2001). No total, o BE passou de 352 eleita(o)s locais, contra apenas 78 em 2001.

Foram eleita(o)s 10 deputada(o)s em Salvaterra de Magos, 5 em Lisboa, 4 em Braga, 3 em Sintra, Amadora, Matosinhos, Entroncamento, Almada, Moita e Seixal, 2 no Funchal, Porto, Barcelos, Guimarães, Coimbra, Portimão, Cascais, Loures, Oeiras, Vila Franca de Xira, Odivelas, Maia, Gaia, Ponte da Barca, Viana do Castelo, Barreiro, Sesimbra e Setúbal.

Foram ainda eleita(o)s deputados em Aveiro, Espinho, Ovar, Feira, Castro Verde, Fafe, Famalicão, Vizela, Bragança, Castelo Branco, Covilhã, Figueira da Foz, Lousã, Faro, Loulé, Silves, Vila do Bispo, Alcobaça, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Elvas, Amarante, Valongo, Gondomar, Vila do Conde, Abrantes, Benavente, Cartaxo, Santarém, Tomar, Torres Novas, Montijo, Palmela, Montalegre e Viseu, Santiago do Cacém.

camaradas

Aqui vão 2 blogs do núcleo do BE na Figueira da Foz:

espaço de energia alternativahttp://blocoffoz.blogs.sapo.pt/
espaço de opiniãohttp://bloco.blogs.sapo.pt/

2005/10/04

A EDUCAÇÃO É UMA MIRAGEM... EM MIRANDA DO CORVO

Ao longo dos últimos meses, todas e todos as/os mirandenses têm sido confrontadas/os com diversos actos públicos, que procuram evidenciar a preocupação da autarquia com a educação. Feitas as contas, o que parece, não é!!!
Inaugurações? Lançamento de primeiras pedras? Actos de consignação? O que vêm a ser afinal os equipamentos escolares construídos ou em construção? Oportunidades para a fotografia? Obras de calendário eleitoral? Não arriscamos uma resposta. Uma constatação apenas: em Miranda do Corvo a educação é uma miragem em termos de planificação e estratégia.
A construção da nova escola EB 2, 3 + Secundário, nos moldes em que está a ser realizada, representa um total desprezo pelas crianças e jovens do concelho, que assistem em definitivo ao enterro da possibilidade de usufruírem de espaços de trabalho e de estudo de qualidade. Não basta pintar e colocar um elevador e/ou o aquecimento num edifício obsoleto para torná-lo capaz de responder aos desafios de uma educação de qualidade.
Significa também um total alheamento face às aspirações das famílias dessas crianças e jovens que assistem em definitivo à manutenção da situação de insegurança que representa a obrigatoriedade de sair do recinto escolar, para aceder ao pavilhão gimnodesportivo (pago na sua maior parte pelo Ministério da Educação) onde decorrem as aulas de educação física.
E constitui ainda um total esquecimento de todas e todos as/os alunas/os com problemas de mobilidade que vêem definitivamente dificultado o acesso à educação física, quando o mau tempo não arrisca colocar as cadeiras de rodas eléctricas, à mercê do temporal.
Até podem dizer que não é culpa sua, que é dos estrategos do Ministério da Educação, dos engenheiros, enfim dos outros…Não podemos porém esquecer que o executivo camarário foi parceiro da decisão, pactuou com a falta de soluções e não foi capaz de olhar para os seus munícipes e resolver os problemas. Aliás, transformou os problemas provisórios (as antigas instalações pré-fabricadas) em situações definitivas.
Quanto ao novo Jardim-de-infância, não há dúvida que é uma obra de mérito, há muito desejada pelas famílias mirandenses. O problema é que fica na outra ponta da vila, enterrando em definitivo a possibilidade da construção de um pólo escolar que pudesse integrar num mesmo espaço, equipamentos escolares que servissem as crianças desde o pré-escolar ao secundário, facilitando a vida das famílias e a montagem de um dispositivo de segurança que protegesse os estudantes.
No entanto e enquanto o pré-escolar tem edifício novo, o 1º Ciclo continua a funcionar em situação precária, em horário duplo, não oferecendo condições nem espaço para funcionarem actividades extra-curriculares fundamentais à formação de novos cidadãos. Será que está planeado um novo edifício para outra ponta da vila?
Mais uma vez, parece ter vencido o calendário eleitoral, a ânsia da obra (mal) feita para mirandense ver em vez de uma verdadeira política de desenvolvimento.


Núcleo do Bloco de Esquerda, 25 de Setembro de 2005

FRANCISCO LOUÇÃ

coordenador nacional do Bloco de Esquerda visita Miranda do Corvo, no próximo dia 05 de Outubro de 2005, entre as 11 e as 15 horas, onde apontará um ponto negro no COncelho de Miranda do Corvo.
Entre as 13 e as 15 horas terá lugar uma Chanfanada Bloquista, no Café Restaurante Alheda-Caracol (situado nas proximidades do posto de Turismo de Miranda do Corvo).
O almoço será pago por todos.

2005/10/03

SESSÃO PÚBLICA

Entramos agora na recta final desta campanha eleitoral para as autárquicas... Sendo assim, chegou também a altura de se realizar a Sessão Pública do Bloco de Esquerda, que irá servir para demonstrar o crescimento da nossa força política.
A sessão realizar-se-á na próxima 4ª feira (5 de Outubro) a partir das 21h30, no Auditório do Instituto Português da Juventude (rua Pedro Monteiro, em Coimbra). Durante a mesma, usarão da palavra: José Augusto Ferreira da Silva (mandatário), Catarina Martins (candidata à AMC), Marisa Matias (candidata à CMC) e Francisco Louçâ (coordenador nacional do BE). De salientar, que esta sessão também contará com a actuação do grupo Dazkarieh*, durante cerca de meia hora.Traz
amig@s também!!!*"
A música dos Dazkarieh é caracterizada por um manancial rico e diversificado de sons inspirados em várias culturas musicais do planeta (...) do Brasil ao Caribe e aos Andes, da África à Índia, da Irlanda à Espanha. Partindo de idiomas musicais que caracterizam géneros como o flamenco, o jazz, a música tradicional europeia ou a música popular brasileira, este grupo de jovens portugueses apresenta uma síntese inovadora de música composta e improvisada que se torna, de facto, uma música do mundo." Salwa El-Shawan Castelo-Branco, etnomusicóloga

2005/09/19

Jornal Mirante - Um verdadeiro atropelo!

O Bloco de Esquerda não consegue compreender como um órgão de informação local faz tudo, tudo, menos informar a/o(s) cidadã/o(s), daquilo que se passa no seu concelho. Talvez seja melhor reformular a questão: informa , sim senhor, mas tudo o que seja considerado bom e esteja relacionado com o mandato da Sra. Presidente. Se não for conveniente, já o comum dos leitores não tem acesso. Por exemplo, o facto de ter sido chumbado pelo tribunal o nome apresentado para a coligação PSD/CDS/PP de "Fátima Ramos a nossa Presidente", em que foi personalizada e centralizada numa só pessoa o nome de uma coligação, talvez não fosse importante... Foi mudado o slogan. Mas que interessa isso, não é verdade?
É escandalosa a última edição do Mirante. Os munícipes já estão habituados à falta de imparcialidade a que o Mirante nos habituou, mas verificar isso, pactuando com total impunidade, é que o Bloco de Esquerda não pode fazer.
Olhamos para a primeira página e temos uma fotografia da Presidente da Câmara de Miranda do Corvo a chamar-nos a atenção para um artigo no interior do jornal. Nas páginas centrais temos um extenso texto, acompanhado por fotografias da Sra. Presidente. Claro! Para não pensarmos que se trata de um texto de pura promoção pessoal, e porque estamos em pré-campanha eleitoral, diz-se que é um balanço do seu mandato. Interessante! E onde estão os candidatos dos outros partidos aos vários órgãos autárquicos? Também terão esse destaque? Porventura irá ser feita uma entrevista aos vários candidatos à autarquia Mirandense, como já foi feito pelo Mirante? Mas sendo um jornal mensal, para as eleições de 9 de Outubro, certamente irá sair já muito em cima da hora. Que azar!

Ao abrirmos o jornal, como tem sempre vindo a ser feito, temos a nota editorial feita pelo Sr. Director interino do Jornal, que por mero acaso, é o marido e chefe de gabinete da Sra. Presidente. Depois é um rol de acções, participações, inaugurações feitas pela Sra. Presidente! Já não esquecendo os candidatos às Juntas de Freguesia, à Assembleia Municipal, pelo PSD. Claro! .
Incompreensível é o texto de resposta da Sra. Presidente ao nosso comunicado "Águas paradas em Miranda do Corvo", em que os leitores têm direito à resposta da Dra. Fátima Ramos, mas não têm acesso ao comunicado em si! Será que o hábito de utilizar o lápis laranja, acaba por dar origem a esquecimentos, mesmo daquilo que deve ser noticiado?
O Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo não existe só para criticar, como faz acreditar a Dra. Fátima Ramos. O que não podemos, nem queremos, é fazer de conta que não vemos os verdadeiros atropelos que são feitos à liberdade de imprensa, ao direito de sermos informados sem parcialidade, com transparência e qualidade.
A oposição existe em Miranda do Corvo e merece ser tratada com respeito.

Candidatura do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo

Comunicado sobre o Mirante

Exmos. (as) Srs.(as):
Vem o Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo distribuir o comunicado que segue em anexo à comunicação social, para ulterior publicação. Este mesmo comunicado será distribuído à população, nos próximos dias. É incompreensível, em pleno século XXI, os constantes atropelos à Democracia levados a cabo por alguns autarcas laranja, que se servem dum jornal -«Mirante», como se fosse o «Povo Livre», esquecendo a premissa de informar com isenção e imparcialidade, em que a «cultura do «eu quero, posso emando» prevalece e as oposições são silenciadas à boa maneira estalinista, onde nada escapa, desde a tentativa do controle total das colectividades, à manipulação dos mirandenses e com estas situações não pode pactuar o Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo.
Miranda do Corvo, 18 de Setembro de 2005
Com os melhores cumprimentos,
Pelo Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo
Mário Nunes

2005/09/08

Apresentação de candidatura à presidência da Assembleia Municipal

"A lista de candidatura do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo é composta por 13 mulheres. Continua difícil a integração feminina nas lista partidárias num país one a partilha de tarefas é uma batalha constante e onde a estrutura familiar assenta nas mães e nas esposas. O que nós, Bloco de Esquerda, não compreendemos é quando são as próprias mulheres a recusar a sua participação porque os maridos não concordam. E atenção que não se trata de mulheres com baixa escolaridade, mas sim, com cursos superiores, supostamente esclarecidas. Elas desistem sem tentar, cedem esquecendo a importância do seu envolvimento enquanto cidadãs. E quem teme as tempestades, bem sabemos que começa a rastejar.
Há um desencanto geral em relação à política e a dicotomia PS/PSD nada tem feito para cativar ou despertar as mulheres para a política quer a nível nacional, quer a nível local.
Vejamos o caso de Miranda do Corvo: existe um Clube da Mulher, como tão bem fica a qualquer autarquia. O Bloco de Esquerda nada tem contra os passeios e jantares femininos. Parece-nos, contudo, que não é assim que são debatidos os problemas, que o exercício da cidadania é incentivado, que as mulheres são alertadas para os direitos que lhe são inerentes. Não pactuamos com o Município de Miranda do Corvo quando discrimina as mulheres com contratos de trabalho precário, em que trabalham uns meses nunca sabendo se o seu contrato será renovado ou não. A rotatividade impõe-se e elas vão fazendo o ciclo do emprego / desemprego desesperando sem saber se voltarão a trabalhar ou não. O nosso lema é discutir, prevenir, agir e, sobretudo, respeitar os direitos de cada um/uma.
A nossa candidatura não defende uma vitimi zação das mulheres, nem tão pouco pretende despoletar uma guerra de sexos. A nossa ideia não é trabalhar contra, mas sim, trabalhar com. Sabemos - até porque os temos nas nossas listas, - que há homens que já participam na mudança. mas não podemos deixar de assinalar intervenções como a do Sr. Primeiro Ministro, Engenheiro Sócrates, quando confrontado com o número reduzido de mulheres no seu executivo, tenha dado a desculpa da inexistência de mulheres com capacidade para integrarem um governo. É típico provincianismo político-falta de visão que não lhe permite ver mulheres como uma Helena Roseta.
Com quotas ou sem quotas, não podemos continuar a assistir da plateia quando estão a ser abordadas questões que nos dizem respeito. O Bloco de Esquerda defende o referendo ao aborto porque acreditamos que as cidadãs e cidadãos deste país têm o direito a exprimir a sua vontade através do voto.
Cabe-nos a nós, mulheres, não deixar passar a oportunidade de decidirmos sobre o nosso corpo, os nossos sentimentos, a nossa vida. Temos o direito de ter os filhos que queremos, ou não os ter, se for essa a nossa vontade. A candidatura do Bloco de Esquerda em Miranda do Corvo, acha deveras interessante o argumento da defesa da vida. Que defesa é essa, quando às mulheres nas muitas empresas deste país, lhes é pedido que não engravidem. Ou aquelas que são imediatamente despedidas ou ostracizadas quando se sabe que estão à espera de bebé?
Defendemos e desejamos a particpação cívica como via para combater o autoritarismo político. Para isso nada melhor que os referendos, inclusive a nível local.
Não basta lutarmos por uma boa educação para as nossas filhas. De que lhes serve obterem bons resultados escolares, frequentarem as universidades se quando chegam ao mundo do trabalho auferem salários inferiores aos dos seus colegas? E isso não mudará enquanto os fatos cinzentos não forem verdadeiramente alternados com tecidos leves e coloridos. A política ganha com a nossa experiência, com a nossa sensibilidade sem que a mesma seja vinculada à maternidade.
Não é necessário transformarmo-nos em damas de ferro, copiar padrões existentes ou sermos uma simples fachada Barbie, manipulada pelos familiares masculinos mais próximos.
A candidatura do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo tem consciência de que não é fácil. Temos uma visão positiva e optimista da política, queremos ser uma voz activa no concelho. Não é correcto nem justo deixarmos para as/os nossas/os filhas/os o que é urgente fazer oje.
Para concluir, cito uma frase de Diana Andringa, jornalista: "Se não ligarmos à política, liga-nos ela a nós da pior forma possível."
Obrigada"
Júlia Correia, Candidata do BE à presidência da Assembleia Municipal de Miranda do Corvo
Discurso proferido no almoço de apresentação de candidaturas do BE à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Miranda do Corvo, decorrido em Miranda, dia 7 de Setembro de 2005

Apresentação da candidatura à presidência da Câmara Municipal

"Neste feliz momento, encabeço um projecto novo, que pretende mudar Miranda do Corvo. Encabeço uma lista sem nomes sonantes, composta por gente simples, gente do povo, que não se revê em nenhuma das outras candidaturas.
Pretendemos romper com a tradição. Recusamos, desde já, o servilismo para com os interesses instalados. Defendemos um poder local verdadeiramente livre e transparente. Apostamos claramente na participação cívica de todas/todos mirandenses, no debate político, na gestão do município e na transparência das contas públicas. Somos uma lufada de ar fresco que vai varrer Miranda do Corvo.
No mês passado, um anel de fogo envolveu o concelho de Miranda do Corvo, levando grande parte da nossa floresta. Tendo desaparecido parte dos «pulmões do concelho», o belo verde dos montes deu lugar ao negro horrível das serras calcinadas e despojadas de vida, ao solo empobrecido, que abriu caminho à erosão e à aridez.
Urge proceder à reflorestação, pondo de lado a monocultura do eucalipto e do pinheiro, introduzindo folhosas, árvores da primitiva floresta mediterrânica como: azinheiras, carvalhos, castanheiros, cedros, ciprestes, choupos, oliveiras, pinheiros bravos e mansos e sobreiros, que davam outrora outro tom à floresta portuguesa.
Para isso é necessário proceder ao planeamento e emparcelamento das pequenas terras. Proceder à limpeza periódica da floresta, aproveitando os resíduos para a produção de biogás. Pôr o Centro de Biomassa a funcionar em pleno. Dotar a floresta de mais aceiros, pontos de água, postos de vigilância e haver mais educação ambiental com os técnicos da Câmara e do Ministério da Agricultura.
É urgente rever a política de utilização de solos e dos recursos naturais. Ao salvaguardarmos a floresta, salvaguardaremos a água doce, que é tão preciosa à vida. É urgente a conservação da água, a redução dos desperdícios e o melhoramento da eficácia das redes de distribuição. Todas e todos munícipes têm direito a saneamento básico e ao consumo doméstico de água independentemente do sítio onde moram.
Se pretendemos um verdadeiro desenvolvimento para Miranda do Corvo não podemos continuar a pactuar com a criação de betão sem infraestruturas. Devemos também apostar na recolha selectiva de lixo e na sua posterior reciclagem.
É premente avaliar, monitorizar e fiscalizar, fornecendo informação actualizada e creditada sobre o estado do ambiente, prevenindo e punindo as descargas ilegais de resíduos no ar, na água ou nos nossos solos. Como é possível que os nossos jovens não possam desfrutar dos nossos açudes, verdadeiras áreas de lazer e convívio, perante a inúndice que a água apresentar?
O Bloco de Esquerda defende a modernização e a electrificação do Ramal da Lousã. Defendemos ainda o alargamento dos horários e mais carruagens a circular na linha férrea, à hora de ponta.
As/os mirandenses viajam como sardinhas em lata, sem condições e de pé. A CP deve apostar claramente na manutenção e exploração das linhas férreas, devendo pôr de lado o encerramento e a entrega a privados da exploração das mesmas. Aliás, não se entende muito bem, como é que noutros países europeus se procede ao alargamento do número de quilómetros de via férrea e em Portugal se procede ao encerramento de ramais (exemplo: Sabor e Tua), em nome do lucro?
Defendemos ainda, a ligação da vila a todos os lugares do concelho, através de autocarros, com horários que sirvam as populações, deixando assim, de haver lugares inacessíveis no concelho e contrariando a lógica da desertificação do espaço rural.
O Bloco de Esquerda pretende com urgência o reforço da componente social do pré-escolar e 1º ciclo do ensino público, nomeadamente o alargamento de horários e prolongamento/ATL, que dê resposta aos munícipes que trabalham e não tem horário compatível com a actual mancha horária dos mesmos.
Comerciantes, feirantes e consumidores desejam a abertura do Mercado Municipal e a extensão da feira aos sábados. Não nos devemos esquecer que a outrora vila pacata de Miranda do Corvo se transformou num dormitório de Coimbra e que a grande maioria dos seus habitantes trabalham em Coimbra (cerca de 80%) e não tem possibilidade de pedir aos seus patrões dispensa às quartas-feiras, para vir à feira a Miranda do Corvo.
Essa medida evitaria assim o incómodo de as pessoas se deslocarem ao fim de semana aos concelhos limítrofes: Lousã, Coimbra, Poiares e Condeixa-a-Nova, para as compras. Será a única forma de os pequenos comerciantes fazerem face ao avanço das grandes superfícies comerciais.
Urge ainda apoiar as 58 unidades fabris e o comércio local, que se debatem com extrema dificuldade para sobreviver. Em risco estão os postos de trabalho das/os trabalhadores, que vêem com apreensão o espectro do desemprego e da fome a pairar no ar.
É pura demagogia por parte do executivo municipal vir falar na criação de mais duas novas zonas industriais, quando a falência ronda algumas das fábricas na Zona Industrial da Pereira. É caso para dizer que há gato(a) escondido(a) com rabo de fora.
Acreditamos que em Miranda não existem munícipes de 1ª e munícipes de 2ª. Devem ser criadas para todas/os as condições não só para fruírem do concelho, como participarem nas decisões importantes que a todasa/os dizem respeito. "

Mário Nunes, Candidato do BE à Presidência da Câmara Municipal de Miranda do Corvo
Discurso proferido no almoço de apresentação de candidaturas do BE à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Miranda do Corvo, decorrido em Miranda, dia 7 de Setembro de 2005

2005/08/31

comunicado sobre a água


ÁGUAS (pouco) PARADAS EM MIRANDA DO CORVO

Não há como esconder. Há gato(a) escondido(a) com o rabo de fora! O executivo municipal pretende, através dos comunicados distribuídos em Agosto, fazer crer aos mirandenses que o problema da falta de água tem a ver com a extrema seca que se abateu sobre o nosso país. E, nesses comunicados, apela à contenção no consumo, ameaçando com o racionamento da água.
O executivo municipal não pode ser pessoa de bem, pois esbanja água pública em diversos locais. Em especial, nas piscinas públicas do concelho, nas regas dos jardins, na fonte localizada entre as ruas João Paulo II e Mota Pinto, onde milhares de litros de água se esvaem e evaporam diariamente.
Tentar fazer crer aos mirandenses, que a água que actualmente se bebe está poluída devido aos rios estarem secos e esgotados, é pura mentira! Desde o passado mês de Março, a água da rede pública sabe e cheira mal, encontrando-se imprópria para consumo, devido às constantes descargas da Cidacel, a montante de Segade.
Desde há tempos, muita gente se ia queixando de ter ficado com os cabelos sujos, cheios de azeite, que o detergente da máquina de lavar não funcionava e que água da sopa sabia mal... Desde então, muitos mirandenses tiveram de passar a comprar garrafões de água...
Não faz sentido dizer que há falta de água neste concelho, pois as terras de Miranda do Corvo são bastante ricas em lençóis subterrâneos. Se, em vez de obras de fachada, houvessem obras de fundo - mais furos para obtenção de água, instalação de filtros capazes nas ETA, aplicação de coimas aos agentes poluidores e instalação de ETARs nas indústrias – a situação seria bem diferente!
Porque não foi inaugurada até agora uma estação para captação de água, no Largo da Cruz Branca ou no estaleiro da Câmara Municipal? Existe ali uma nascente subterrânea, que não está seca e alimenta muitas casas entre o Corvo e a Cruz Branca. E porque não se fizeram furos nas Fontainhas, Carapinhal e em plena serra, perto de Tábuas?
“Vale Tudo” é o show pronto para consumo. Maquilhagem, luzes, acção e já está…Vale a demagogia para enganar à farta. Vale o faz-de-conta que se resolvem os problemas de quatro em quatro anos. E vale o oportunismo para manter mais do mesmo no poder local local.
Por outro lado, o Bloco de Esquerda vem recordar que a ligação da rede de água à empresa Águas do Mondego já estava planeada. Porque é que só agora foi feita, qual coelho mágico saído da cartola? Será que está reservado algum lugar na administração da empresa Águas do Mondego a algum ilustre mirandense?
Os mirandenses é que vão ser penalizados nesta história toda, pois sairão por certo a perder, passando a pagar a água a preço muito mais caro! Exige-se transparência…. neste negócio de águas (pouco) paradas.

Núcleo do Bloco de Esquerda, 31 de Agosto de 2005
Comunicado distribuído em mão, em Miranda do Corvo, dia 31 de Agosto de 2005
Composto e revisto dia 30 de Agosto de 2005

2005/08/30

comunicado à imprensa

Aos orgãos de comunicação social:

AUTÁRQUICAS MIRANDA DO CORVO 2005

Exma/o(s) Senhora/o(s),

O Bloco de Esquerda vai pela primeira vez concorrer aos orgãos autárquicos do concelho de Miranda do Corvo nas próximas eleições de Outubro. As suas listas são compostas por uma maioria de cidadã/o(s) independentes que se revêem nas propostas políticas do partido.
A candidatura do BE quer ser uma voz justa e transparente, que recusa o jogo e a lógica de interesses instalados. Defende uma nova lei de finanças locais que liberte as autarquias de receitas oriundas da construção civil e especulação imobiliária.
A/o(s) candidata/o(s) do Bloco de Esquerda defendem a participação cívica na luta por melhor qualidade de vida. As populações devem ser envolvidas na elaboração do orçamento camarário de forma a que este reflicta as verdadeiras prioridades populares.
O Bloco acredita na importância da criação de espaços verdes polivalentes com uma forte componente lúdica e ecológica envolvendo a população na sua gestão.
O BE quer devolver a política aos cidadãos, implicando-os e auscultando-os no que diz respeito às decisões que os afectam localmente.
A candidatura do BE acredita numa esquerda combativa, socialista e popular, com uma intervenção política livre, crítica e construtiva.
O Bloco de Esquerda entrega hoje, às 11h, no Tribunal da Comarca da Lousã, as suas listas de candidatos à Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Assembleia Municipal de Miranda do Corvo e Assembleia de Freguesia de Miranda do Corvo, encabeçadas, respectivamente, por Mário Jorge Simões Nunes (oficial de justiça, 39 anos), Júlia Maria Ramos Correia (professora do Ensino Secundário, 36 anos) e Luís Sousa (electricista de alta tensão, 34 anos).
A mandatária concelhia do BE é Sofia Margarida Rodrigues (professora do Ensino Secundário, 28 anos).
comunicado à imprensa datado de 16-08-2005

2005/08/24

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Agora nasce o blogue do Núcleo do Bloco de Esquerda de Miranda do Corvo. [...]

Vamos fazer um BE mais forte em terras mirandenses, criar uma plataforma de combate partidário que ombreie com esta corriqueira e estafada bipolarização de centro-nulo formada pelas potências PSD e PS. Categorizo-os como de centro-nulo porque não os posso incluir noutra gaveta ideológica! Na formatação partidária não lhes encontro lugar a não ser ao serviço do despesismo, do capitalismo e do populismo.

Mas sobre o nosso conceito ideológico voltaremos outra vez, sob a forma de manifestos mais conseguidos e delineados por gente bem mais capaz e esclarecida do que eu. O objectivo final será sempre o de criar um Bloco de Esquerda forte que lute por lugares de liderança na bacia mirandense.

Saudações Bloquistas

artigo revisto em 30/08