Ao longo dos últimos meses, todas e todos as/os mirandenses têm sido confrontadas/os com diversos actos públicos, que procuram evidenciar a preocupação da autarquia com a educação. Feitas as contas, o que parece, não é!!!
Inaugurações? Lançamento de primeiras pedras? Actos de consignação? O que vêm a ser afinal os equipamentos escolares construídos ou em construção? Oportunidades para a fotografia? Obras de calendário eleitoral? Não arriscamos uma resposta. Uma constatação apenas: em Miranda do Corvo a educação é uma miragem em termos de planificação e estratégia.
A construção da nova escola EB 2, 3 + Secundário, nos moldes em que está a ser realizada, representa um total desprezo pelas crianças e jovens do concelho, que assistem em definitivo ao enterro da possibilidade de usufruírem de espaços de trabalho e de estudo de qualidade. Não basta pintar e colocar um elevador e/ou o aquecimento num edifício obsoleto para torná-lo capaz de responder aos desafios de uma educação de qualidade.
Significa também um total alheamento face às aspirações das famílias dessas crianças e jovens que assistem em definitivo à manutenção da situação de insegurança que representa a obrigatoriedade de sair do recinto escolar, para aceder ao pavilhão gimnodesportivo (pago na sua maior parte pelo Ministério da Educação) onde decorrem as aulas de educação física.
E constitui ainda um total esquecimento de todas e todos as/os alunas/os com problemas de mobilidade que vêem definitivamente dificultado o acesso à educação física, quando o mau tempo não arrisca colocar as cadeiras de rodas eléctricas, à mercê do temporal.
Até podem dizer que não é culpa sua, que é dos estrategos do Ministério da Educação, dos engenheiros, enfim dos outros…Não podemos porém esquecer que o executivo camarário foi parceiro da decisão, pactuou com a falta de soluções e não foi capaz de olhar para os seus munícipes e resolver os problemas. Aliás, transformou os problemas provisórios (as antigas instalações pré-fabricadas) em situações definitivas.
Quanto ao novo Jardim-de-infância, não há dúvida que é uma obra de mérito, há muito desejada pelas famílias mirandenses. O problema é que fica na outra ponta da vila, enterrando em definitivo a possibilidade da construção de um pólo escolar que pudesse integrar num mesmo espaço, equipamentos escolares que servissem as crianças desde o pré-escolar ao secundário, facilitando a vida das famílias e a montagem de um dispositivo de segurança que protegesse os estudantes.
No entanto e enquanto o pré-escolar tem edifício novo, o 1º Ciclo continua a funcionar em situação precária, em horário duplo, não oferecendo condições nem espaço para funcionarem actividades extra-curriculares fundamentais à formação de novos cidadãos. Será que está planeado um novo edifício para outra ponta da vila?
Mais uma vez, parece ter vencido o calendário eleitoral, a ânsia da obra (mal) feita para mirandense ver em vez de uma verdadeira política de desenvolvimento.
Núcleo do Bloco de Esquerda, 25 de Setembro de 2005
Inaugurações? Lançamento de primeiras pedras? Actos de consignação? O que vêm a ser afinal os equipamentos escolares construídos ou em construção? Oportunidades para a fotografia? Obras de calendário eleitoral? Não arriscamos uma resposta. Uma constatação apenas: em Miranda do Corvo a educação é uma miragem em termos de planificação e estratégia.
A construção da nova escola EB 2, 3 + Secundário, nos moldes em que está a ser realizada, representa um total desprezo pelas crianças e jovens do concelho, que assistem em definitivo ao enterro da possibilidade de usufruírem de espaços de trabalho e de estudo de qualidade. Não basta pintar e colocar um elevador e/ou o aquecimento num edifício obsoleto para torná-lo capaz de responder aos desafios de uma educação de qualidade.
Significa também um total alheamento face às aspirações das famílias dessas crianças e jovens que assistem em definitivo à manutenção da situação de insegurança que representa a obrigatoriedade de sair do recinto escolar, para aceder ao pavilhão gimnodesportivo (pago na sua maior parte pelo Ministério da Educação) onde decorrem as aulas de educação física.
E constitui ainda um total esquecimento de todas e todos as/os alunas/os com problemas de mobilidade que vêem definitivamente dificultado o acesso à educação física, quando o mau tempo não arrisca colocar as cadeiras de rodas eléctricas, à mercê do temporal.
Até podem dizer que não é culpa sua, que é dos estrategos do Ministério da Educação, dos engenheiros, enfim dos outros…Não podemos porém esquecer que o executivo camarário foi parceiro da decisão, pactuou com a falta de soluções e não foi capaz de olhar para os seus munícipes e resolver os problemas. Aliás, transformou os problemas provisórios (as antigas instalações pré-fabricadas) em situações definitivas.
Quanto ao novo Jardim-de-infância, não há dúvida que é uma obra de mérito, há muito desejada pelas famílias mirandenses. O problema é que fica na outra ponta da vila, enterrando em definitivo a possibilidade da construção de um pólo escolar que pudesse integrar num mesmo espaço, equipamentos escolares que servissem as crianças desde o pré-escolar ao secundário, facilitando a vida das famílias e a montagem de um dispositivo de segurança que protegesse os estudantes.
No entanto e enquanto o pré-escolar tem edifício novo, o 1º Ciclo continua a funcionar em situação precária, em horário duplo, não oferecendo condições nem espaço para funcionarem actividades extra-curriculares fundamentais à formação de novos cidadãos. Será que está planeado um novo edifício para outra ponta da vila?
Mais uma vez, parece ter vencido o calendário eleitoral, a ânsia da obra (mal) feita para mirandense ver em vez de uma verdadeira política de desenvolvimento.
Núcleo do Bloco de Esquerda, 25 de Setembro de 2005
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